Tenda Cónica, 20h30
Duração 60m
Úterus conta com a presença de duas bailarinas/performers que fundem a técnica de dança oriental e dança contemporânea.
Inspirando-se na história La Loba, conto tradicional mexicano narrado por Clarissa Pinkola Estes, autora de «Mulheres que correm com os Lobos», Íris e Helena recriam os arquétipos da vida da mulher, desde o nascimento à morte, passando pela sensualidade, maternidade, maturidade.
Sendo filha, irmã, amiga, amante.
O lado doce, o lado selvagem, o lado que destrói e o lado que cria e nutre. Reunindo num espectáculo a mulher no seu todo, naquilo que representa e que é comum a todas as culturas do mundo e a todas as eras.
Úterus debruça-se sobre a dualidade feminina, a fragilidade e a força, a mãe e a sábia anciã, a menina e a rebelde, a noite e o dia.
O espectador segue as transformações das intérpretes na viagem do Nascimento até à Morte, do Útero nascendo, a ele regressando.
O útero como o vaso alquímico da criação, renovação e transformação.
Helena Madeira
Adoro o tempo que tem a inspiração, o caminho que percorre às profundezas de mim... E como da expiração nasce o som e o movimento...
O meu percurso como ser humano contempla onze anos de dança.
Tocaram-me particularmente, os encontros com Sofia Neuparth, Howard Sonenklar e Peter Michael Dietz na pesquisa do Movimento e no estudo do Corpo no C.E.M; Destaco a Orientação do Fernando Nogueira e António Feio no trabalho teatral e Fernando Serafim no Canto Lírico.
Tive aulas, frequentei workshops de Dança Africana com Marc N’Danou e Toni Tavares, Dança Oriental com Íris, Myriam Szabo, Annie N’Ganou, Paula Lena e Prisca Diedrich.
Actualmente, estudo Canto no Conservatório Nacional, e passei, também, pela Escola de Jazz do Hot Club em Lisboa.
Ao vivo apresento-me com o Projecto Iara (concerto Performativo), Uterus (Dança Oriental e Contemporânea) e Caixinha de Música (Teatro Musical Infantil) e abraço os MU sempre que me convidam.
Dedico-me às alunas com quem posso partilhar a Dança Oriental e Contemporânea e, a Voz enquanto instrumento orgânico.
Do ponto de vista académico sou licenciada em Antropologia e em Língua e Literatura Italiana.
Interesso-me pelos rituais de Voz e Corpo enquanto processos sociais e psicológicos de manutenção da estabilidade das sociedades.
Sou Apaixonada pela Luz de Lisboa.
Irís
Íris iniciou em 1994 a prática de Modern Jazz e Dança Contemporânea. A Dança Oriental surge como resposta espontânea ao seu anseio de integrar em si sob a forma de dança a cultura egípcia e oriental que desde sempre a fascinou, pela sua mitologia. Inicia o estudo com Anah Datile, desenvolvendo um trabalho profundo e intensivo com Shokry Mohamed e Myriam Szabo. Enriqueceu o seu vocabulário com conceitos básicos de Bharata Natyam com Tarikavalli, Kathak com Prya Pawar, Flamenco com Rosário Peinado e Sofia Abraços.
Estuda profundamente Hatha Yoga, meditações estáticas e dinâmicas, Pranayama, massagem e medicina Ayurvédica, Thai Yoga e alimentação natural, com Atul Mulji e Dr. Marda (Índia).
Íris desenvolve um profundo trabalho de criação e investigação. Tendo como ponto de partida o estudo dos aspectos tradicionais, tribais e Sagrados e Rituais das Danças, Mitos e Tradições populares do Médio Oriente e Balkans, a sua busca passa por reintegrar na prática movimentos anatomicamente naturais, adequados e benéficos à Mulher, estimulando a consciência do seu corpo e de si mesma através dele, recuperando o sentimento de círculo e irmandade, tão relevante nas danças tradicionais orientais. O estudo de Yoga, massagem thai Yoga e Ayurveda conferem ao seu trabalho uma riqueza profunda do ponto de vista anatómico e energético. Por estudar arquétipos mitológicos de civilizações pré-clássicas, clássicas e orientais, a sua abordagem encara o corpo e a mente como um todo. O processo de Dança é ao mesmo tempo interior e exterior, meditativo e comunicativo.
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