Os próximos tempos serão espirituais ou não serão coisa nenhuma. Mas o que é que se entende por ‘Espiritual’?
Será a espiritualidade tudo o que é do domínio das religiões, as quais predominantemente apelam mais ao seguidismo e à crença do que à compreensão?
Será tudo o que for associado a “auxiliar”, seja esse “auxílio” de acordo com uma Fraternidade Lúcida ou oferecido sem qualquer critério ético?
Será antes algo directamente ligado a poderes psíquicos, mesmo que os seus pseudo-actores ao exercê-los, não resulte em nenhum benefício de «ajuda ao próximo»?
Será um refúgio onde me vou compensar emocionalmente, evadir-me e assim alienar-me dos problemas que estão na origem desse exílio interior?
Será um espaço onde vou desfrutar de uma ‘técnica esotérica’ que me faça sentir bem num registo de ‘consumo espiritual’?
Ou é antes algo que precisamente por ser Sagrado, deve ser protegido de perigosas desvirtuações cujas consequências ainda serão mais desorientadoras para a Humanidade?
Se for efectivamente Sagrado encerrará solução para dois problemas tão actualmente sentidos pela família humana: um modelo de crescimento económico que não é sustentável nem ecológica, nem socialmente, e o terrorismo global.
Se assim for, isso sim será Espiritualidade.
Teosofia – Theo (Deus/O Divino) e Sophia (Sabedoria) ie Sabedoria Divina – é o tronco comum do qual ramificaram todas as Grandes Religiões (e Tradições Filosóficas Orientais e Ocidentais) e que por isso se constitui como uma Ciência, a Ciência Iniciática (da qual a Ciência oficial vai descobrindo e aportando para a Humanidade parte desse Corpo de Saber necessariamente velado) e que hoje deve constituir como primeira prioridade o seu correcto Entendimento.
Pois disso dependerá a conciliação dos grandes credos religiosos (das mais valiosas contribuições de cada um), o surgimento de uma nova vivência global da Espiritualidade propiciadora de outro modelo económico mais responsável, e consequentemente da paz e desenvolvimento mundiais.
Sábado, 30 de Maio, 14h
Sala Polivalente
Entrada Livre
Com Maria Madalena Cavaleiro e Pedro Tavares d'Almeida
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