Dobra Dobra - Origami

30, 31 de Maio e 1 de Junho

Com Manuela Galante

Artesãos, artistas e designers, conscientes do papel que cada um de nós tem na preservação ou destruição do ambiente, respondem das mais variadas formas ao desafio proveniente da tentativa de minimizar os impactos da produção e do consumo na sustentabilidade futura do planeta.
Dobra-dobra é um projecto de artesanato contemporâneo sustentável da autoria da designer Manuela Galante e sua filha Filipa Pereira que começaram a criar bijutaria com a técnica do origami, uma arte tradicional milenar de dobrar papel, muito popular no Japão e no Oriente em geral.

Chama-se Origami (ori significa “dobrar” e kami “papel”) a esta arte popular que necessita apenas de folhas de papel em formato quadrado. A arte não é cara, pode ser feita em qualquer lugar e não requer equipamento especial a não ser uma superfície dura e plana para trabalhar.
No origami aprende-se a respeitar uma folha de papel como sendo uma preciosidade. Esta filosofia japonesa explica-se através da mentalidade oriental que não tolera o desperdício.
A base das peças criadas por nós é feita em origami, no entanto as possibilidades técnicas de trabalhar com o papel e outros materiais que entretanto começámos a reutilizar são infinitas. O material que utilizamos é proveniente da reutilização de sacos de papel, papel de embrulho do chá, embalagens de alimentos e bebidas, mapas, folhetos, desdobráveis, redes, plásticos e todo o tipo de material que encontramos e nos apetece experimentar e que, de outra forma, iria para o lixo, se não lhe déssemos uma segunda vida. As formas, as cores, as texturas, os materiais e as técnicas são variadas e conjugadas ao sabor da ocasião, por vezes sujeitas aos materiais de desperdício que vamos adquirindo, o que fazem com que as peças sejam únicas. O nosso objectivo é criar a partir do desperdício, usar a matéria-prima disponível dos resíduos do nosso quotidiano, reaproveitando outros materiais e mostrar aos outros que podemos actuar de forma responsável utilizando materiais e produtos reciclados, reutilizáveis e amigos da terra. Será que podemos adaptar as nossas atitudes aos novos desafios da sustentabilidade?